O
amor é um cubo de vidro sem coração
Ama
a luz
Odeia
a escuridão
O
amor é um covarde diplomado
Faz
sofrer
O
amado
Faz
sofrer quem é amado
Felizes
aqueles que não amam
Felizes
aqueles que não são amados
Pelo
amor
As
pálpebras secretas da noite
Quando
a fogueira do desejo invade a madrugada
Quando
a morte traz a saudade
De
um corpo
Entre
ossos e sombras
Entre
palavras e livros
Faz
sofrer o amado
Faz
sofrer o sofrido
O
amado
Faz
sofrer quem é amado
Ama
a luz
E
os candeeiros da solidão
O
amor é um cubo
Hipercubo
Um
gato
Sem
nome
Um
rochedo perdido na montanha do Adeus
Partiu
de mim o amor
Ama
a luz
E
faz sofrer
O
amado
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
segunda-feira,
30 de Novembro de 2015
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