Vivo
imaginando corvos poisados neste quarto cinzento,
Sinto
ao longe os barcos em círculos atravessando a tempestade,
Esta
cidade morre como morreram todas as flores do meu jardim,
E
mesmo assim…
Não
me apetece escrever neste lugar sem nome,
Não
vejo as estrelas,
Perdi
a noite
E
os andaimes da escuridão,
Perdi
a paixão,
Deixei
de ter o rio nas minhas veias,
As
calças cresceram,
Pertencem
a outro arbusto,
E
estou aqui… como um rochedo,
Perdido,
Vestido
de medo,
Sentado
numa cadeira invisível.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Porto,
27/07/2015
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