terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Jardim de pedra


Esta paixão não arde
não termina
não existe,

e teima em suicidar-se...

ausente
sinto-me
árvore
pássaro doente
sinfonia
caixão...
melodia enfaixada nas palavras do Adeus
não pensa
e não quer
beijar o mar
como se o mar fosse os lábios de uma mulher
sem nome

e teima em suicidar-se...

o poema
o poeta
e todas as flores do jardim de pedra.


Francisco Luís Fontinha – Alijó
Terça-feira, 20 de Janeiro de 2015

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