(desenho de
Francisco Luís Fontinha)
Esta noite
desconhecida
quando há palavras
que se entranham no meu peito
estas veias onde
correm avenidas
e gajos sem jeito
e néones
travestidos de solidão
esta noite
a tua noite
sem janelas
sem... sem
entardecer
e no entanto
sou laminado pelos
teus lábios
incandescentes
a arder...
esta noite
vou voar no teu
silêncio
(se ainda existir em
ti silêncio)
caminhar na neblina
como se eu fosse um
fio de luz
em translação
as cinco primeiras
pedras do amanhecer
cinco apenas
nas palavras
estonteantes
mergulhadas em cubos
de gelo
e...
e... cabanas de
porcelana.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Sábado, 10 de
Janeiro de 2015
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