(desenho de
Francisco Luís Fontinha)
tento mergulhar nos
teus braços
como se eu fosse um
deserto esquecido no mapa
como se eu fosse um
cubo de areia
ou... ou uma rua sem
nome
na cidade que
incendeia
e come
as palavras da
liberdade
as palavras da
madrugada,
o fumo constrói nos
meus lábios montanhas de neve
e fios de gelo
lâmpadas de
silêncio
e medo...
e tento
tento mergulhar nos
teus braços
como uma criança
faminta
uma árvore
encaixotada
que o Oceano
transportou
e perdeu...
num qualquer porto
numa qualquer baía,
e eu
eu não sabia
que os teus braços
são de porcelana
que o teu corpo são
socalcos olhando o rio...
e poisa na minha
cama
em cio.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Sexta-feira. 9 de
Janeiro de 2015
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