Caminhas sobre as
tâmaras apaixonadas do deserto,
inventas-me num
sorriso de areia húmida,
alicerças-te ao meu
corpo quando o vento invade os teus seios...
e mesmo assim, para
ti, sou apenas um desanimado,
um louco passeando
no invisível,
o esqueleto que
todos fotografam... e ninguém observa a fotografia que há em mim,
a desfocada imagem,
sem olhar, com medo da paixão imensurável,
e dos peixes
comestíveis,
caminhas sobre os
meus ossos pérfidos,
sem inscrições,
apenas alguns
algarismos vagueando nos meus lábios,
sem inscrições...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Segunda-feira, 22 de
Dezembro de 2014
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