É esta página em
branco que te acompanhará,
regressarei ao meu
destino,
como em menino...
triste por partir,
amanhã vou
sorrir...
porque vou zarpar,
os outros que
transportam as sílabas de luz no olhar,
serão recordados,
amados,
é esta página em
branco que te acompanhará...
como uma casa
construída de pálpebras castanhas
e janelas de
silêncio,
O Oceano será o meu
aconchego,
a minha Pátria,
porque dizem que sou
um apátrida,
pois... não nasci
em Portugal...
também não sou
Angolano,
sou um cidadão
filho do mar,
porque os nascidos
antes de 11/11/1975... não são Angolanos,
é esta a página em
branco que te acompanhará...
sem lágrimas,
não enrugada,
e sempre sorridente,
como a alvorada,
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Segunda-feira, 10 de
Novembro de 2014
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