segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O poema do Foda-se...


Foda-se esta vida de morrer,
foda-se a loucura e o saber,
foda-se a poesia e a literatura,
foda-se o silêncio
e a Primavera
e a escravatura,
foda-se o meu corpo embalsamado,
foda-se o cansaço,
a rua deserta e sem transeunte embriagado,
fodam-se os barcos,
as caravelas
e os cavalos de aço.


Francisco Luís Fontinha – Alijó
segunda-feira, 10 de Novembro de 2014

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