Não sabia o que era
a saudade
até que os teus
braços desfaleceram...
acreditava que nesta
maldita cidade
recheada de cães
vadios e palavras amorfas
encontraria os teus
olhos de alegria
procurei,
procurei...
e mal eu sabia
que deixaste de ter
olhos
naquela tarde
sangrenta
vi no espelho doente
de uma qualquer loja
o teu rosto
deformado
e as tuas mãos
trémulas dançando no vento em alvoroço,
o amor é uma
“merda”
a dor
o sofrimento
e a doença...
não sabia o que era
a saudade
não sabia o
significado de abraço...
segurava-me aos teus
cabelos
e sorria como me
tinhas ensinado
o coração batia
o corpo... o corpo
de mendigo sonolento
se escondia
como os pássaros
dentro de um cubo envidraçado...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Domingo, 2 de
Novembro de 2014
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