Habito este túnel
íngreme dos ossos argamassados
pareço um sonâmbulo
diplomado
sem braços
sem pernas...
sem... sem sonhos
habito esse teu
corpo desgraçado
sobrevoando a minha
sanzala
sombreando o pecado,
habito este túnel
desgovernado
galgando as
montanhas da solidão
gritando
gritando... “o
amor é uma roda dentada com dentes enferrujados”,
ai estes sons que se
entranham nas minhas asas de plátano envelhecido
este túnel sem luz
ou... saída para o
infinito
habito
em ti
como se fosses uma
gaivota poisado junto ao Tejo
me olhando
me dizendo... “o
amor é uma roda dentada com dentes enferrujados”.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Domingo, 26 de
Outubro de 2014
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