não sei se vais
conseguir
não sei se as
minhas palavras podem ser escritas nos teus olhos
não sei se as tuas
mãos são uma tela
ou um muro
envergonhado...
... não sei porque
queres fazer-me acreditar que há madrugadas de estanho
não sei porque há
cortinados nas tuas pálpebras
negros
tão negros como a
própria noite
não sei se vais
conseguir...
não sei se te
levantarás do imaginário sofá de trapos
tão antigo como os
livros que leio
tão estranho como
as palavras... as minhas palavras escritas nos teus olhos.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 8 de
Maio de 2014
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