foto de: A&M ART and Photos
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Dizias-me que eras o vento das canções
de Outono,
e eu, eu acreditei, escrevi palavras
para essa canção...
desenhei beijos para os teus lábios,
dizias-me que te chamavas “menina do
mar” de do mar... não eras nada,
nem onda, nem pôr-do-sol... nem
jangada,
um dia fizeste-me acreditar que eras
livro de poesia,
eu tentei, tentei ler, folhear... e não
eras nada,
apenas uma esbranquiçada página com
um palavra... “saudade”,
dizias-me que tinhas na mão a caneta
das minhas palavras,
eu, eu sentia-a no meu rosto, como o
vento das canções de Outono,
e eu, eu acreditei na tua pele com
flores de papel,
e tudo o que me disseste... hoje, hoje
escrevo-o na rocha embalsamada na montanha do “adeus”.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo, 16 de Março de 2014
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