foto de: A&M ART and Photos
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A vida não cessa
o corpo masturba-se num folheado
metálico de beijos e pétalas de beijos
as mãos invadem a noite rompendo os
cortinados do medo
as lágrimas do teu rosto caem sobre o
soalho da insónia
gritas o meu nome
escreves-me nas sombras infelizes das
estrelas sem liberdade
e eu sem o saber... adormeço sobre os
rochedos da tempestade
a mesma que habita no teu peito,
A vida não cessa
corre
chora
brinca... brinca sobre uma corda de
nylon com sabor a solidão
a vida acorrenta-se ao corpo
aprisiona-o como se aprisionam os
lábios do teu silêncio
e quando me abraças
sinto o teu corpo como uma folha em
papel branca insípida distante das palavras que escrevo.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Segunda-feira, 17 de Fevereiro de 2014
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