foto de: A&M ART and Photos
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Perdidamente só dentro das quatro
colunas imaginárias de granito envergonhado,
habito no medo pelo medo, de... medo do
medo, com medo, não sabendo que sou um transeunte desgovernado,
vivo e desabito a vida de ser sem o
ser,
não percebo porque voam os corpos com
asas de papel saudade,
inventando Oceanos de algodão nos
lábios das meninas de trapos,
bonecas com sabor a infância e que
trazem nos olhos a esperança...
esperança de... não terem esperança
porque a esperança deixou de fumegar na lareira do desejo,
morreu o Amor e morreram todos os
poemas de Amor,
morreram os homem da caneta de tinta
permanente,
tenho uma na minha mão (de José
António Tenente),
cansado de mim e das tuas palavras com
sabor a argila negra,
permanente só, só... só dento do meu
eu...
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2014
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