foto de: A&M ART and Photos
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O nosso mar se afunda
a lua veste-se de luar
e morre nas candeias de chapa que o
silêncio olhar
transforma
mata
o nosso mar é desassossego em lata
voando sobre os coqueiros de prata
o nosso mar morre e desaparece na
alienada cidade
sem norma
sem idade
o nosso mar é como a saudade
entre lábios siderais
e chá de menta...
oiço as árvores que cantam
os pássaros que não choram..
e este cacimbo que alimenta
a tua nossa dor... a dor de amar na dor
de sofrer
a tua nossa tristeza que nos afugenta
sinto-te como sentia as cansadas vozes
da madrugada
à janela da alvorada
um lenço em papel
triste triste como uma pétala
adormecida eternamente no coração de
um pincel...
à deriva... à porta de um bordel.
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014
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