domingo, 11 de agosto de 2013

Quando descem as charruas ao silêncio teu púbis de areia

foto de: A&M ART and Photos

Tua mão poética sobre o meu rosto melódico
sisudo
dizes que sou ambíguo
como os alicerces das árvores apodrecidas
sisudo eu
como as vagabundas ondas dos seios teu Oceano
tua mão em mim
sou um barco navegando dentro de ti...
desço ao teu mais secreto poço da insónia
cambaleio como mabecos em cio
à espera que regressem as vadias chuvas
amar-te-ei?

Talvez sonhe com as tuas mãos poéticas e de melódicos rostos...
Como uma canção entranhada na escuridão nocturna...

Tua mão poética mão em seda pergaminho
tua mão de dedos finos
e palavras argamassadas nas janelas do amor...
tua mão
meu amor
minha paixão
Amar-te-ei?
Quando descem as charruas ao silêncio teu púbis de areia,

Talvez sonhe com as tuas mãos poéticas e de melódicos rostos...
Como uma canção entranhada na escuridão nocturna...

Como um piano envenenado pelos teus olhos cerâmicos
talvez sonhe contigo e com as mãos que fazem parte de ti
e de mim,

Talvez sonhe com as tuas mãos poéticas e de melódicos rostos...
Como uma canção entranhada na escuridão nocturna...

E perceba que a simplicidade está no teclado do teu corpo encarnado.

(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo, 11 de Agosto de 2013

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