foto de: A&M ART and Photos
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Faltam-me as drageias comestíveis da
paixão
reescritas no corpo incenso que a
tempestade leva
longe chegam as nuvens tristes
silenciosas
tâmaras teus olhos prisioneiros de mim
tuas mãos de porcelana
amam
fazem sexo com as minhas mãos de areia
inventas-te como inventaste a chuva
como inventaste as janelas viradas para
o mar
transgénicos barcos navegando em teus
seios de prata
com velas de púbis desgovernados
dentro do fumo incandescente do amanhecer,
Amávamos-nos como duas árvores de
papel
aprisionadas a um cordel...
Faltam-me as drageias comestíveis da
paixão
como uma cidade que arde dentro de ti
incendeias-te vomitando as palavras
proibidas
gemidas da tua boca
em loucas avenidas
correndo subindo correndo e subindo...
como guindastes de ossos procurando o
prazer nos sexos dos marinheiros
mórbidos entre o cais
e os travestidos bares do amor
cai o cortinado do teu peito
e encerra-se para sempre o desejo em ti
das tristes janelas viradas para o mar.
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sábado, 17 de Agosto de 2013
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