foto de: A&M ART and Photos
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imagino as incógnitas que vivem na tua
cabeça
tento perceber as equações do teu
empobrecido coração
geometricamente
não consigo determinar a posição do
teu corpo no espaço tridimensional...
e tudo parece tão simples
normal
imagino a integral dos teus seios
pintados de encarnado
e reflectidos no prisma que se esconde
na teoria das cores
dos cheiros
e sabores
imagino a equação diferencial das
tuas alegres coxas
quando se despedem da tarde as gaivotas
triangulares
imagino o silêncio vestido de negro
caminhando sobre o arame da solidão
lá em baixo o público enfurecido
olha-te como se fosses um cartaz perdido no vento
balançando
dormindo
chorando
e imagino as incógnitas que vivem na
tua cabeça
os círculos trigonométricos do teu
púbis amargurado
cansado de mim
talvez... apaixonado por mim
talvez
porque tridimensionalmente... não
consigo determinar-te no espaço só e vazio
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 29 de Agosto de 2013
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