quarta-feira, 27 de março de 2013

Corpo Moliceiro

A&M ART and Photos

A loucura das rochas frias e escuras
entranhadas no meu corpo moliceiro
procura a chuva que acompanha o vento
e navega sobre os telhados da aldeia,

Esta frieza grande corrida da paixão
este cansaço
esta tristeza
que a noite deixa cair sobre o meu cabelo sonolento,

Fingir que amo as ervas orvalhadas dos oceanos invisíveis
caminhar sonhando voar sobre as nuvens de vidro
e que nada tenho
percebendo que os abraços morreram entrelaçados no meu pescoço,

A loucura das rochas escura e frias e solitárias
onde me sento e adormeço e finjo viver
não voando não amando os versos do mar
não tendo as palavras a culpabilidade de existirem na minha mão.

(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha

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