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A loucura das rochas frias e escuras
entranhadas no meu corpo moliceiro
procura a chuva que acompanha o vento
e navega sobre os telhados da aldeia,
Esta frieza grande corrida da paixão
este cansaço
esta tristeza
que a noite deixa cair sobre o meu
cabelo sonolento,
Fingir que amo as ervas orvalhadas dos
oceanos invisíveis
caminhar sonhando voar sobre as nuvens
de vidro
e que nada tenho
percebendo que os abraços morreram
entrelaçados no meu pescoço,
A loucura das rochas escura e frias e
solitárias
onde me sento e adormeço e finjo viver
não voando não amando os versos do
mar
não tendo as palavras a culpabilidade
de existirem na minha mão.
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha
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