Nunca sei se as tardes são frígidas
pacientemente esperando
as noites compridas
nunca sei
se as horas esquecidas
dormem ou não dormem
tal como eu
um pequeno cedro que tomba sobre a
calçada
dormem ou não dormem
as pequenas palavras de ti
ditas pela boca em delírios desejos
e tal como eu
Nunca sei
se os relógios que me anunciam as
horas esquecidas
têm ou não têm
mecanismos de ti
tal como eu
um pequeno cedro que tomba sobre a
calçada
Tal como eu
nunca sei
se nos teus olhos vivem estrelas
ou dormem nuvens de chocolate
nunca sei
e tal como eu
um pequeno cedro que tomba sobre a
calçada
sem perceber se as tardes são frígidas
pacientemente esperando a melancolia em três actos
E o verdadeiro poema escreve-se com
imagens
desenha-se com sons
e nunca sei
tal como eu
as pequenas palavras de ti
ditas pela boca em delírios desejos.
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha
Alijó
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