O sono dos livros sem o destino
prometido
na mão do menino querido
vêm da noite os silêncios de luz
que a boca trasfega na planície das
palavras cansadas,
deixo de ver o olhar dos pássaros
e o sorriso das flores
não oiço mais o sofrimento dos homens
de branco,
cai em mim o sono travestido de sílabas
finíssimas
como fios de água
na garganta do xisto encaixado nas
masmorras infinitas dos sonhos
cai em mim
as línguas do poema profanado
com a dor indistinta das manhãs sem o
orvalho,
cai sobre mim
o perfume das tuas pálpebras azuis
iluminadas pelas lágrimas de um
coração esmigalhado...
(poema não revisto)
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