domingo, 1 de abril de 2012

Eternamente dia

Há de acordar do silêncio da noite
A estrela polar dos teus olhos
E eu
E eu que sou um veleiro
Guiar-me-ei até aos teus braços
Meu porto de abrigo

Há de acordar do silêncio da noite
O fervor dos teus lábios
Quando a tua boca em desejo
Se alimenta do meu cansaço

Quando a tua boca em desejo
Mergulha nas minhas mãos
E olho-te à beira mar
Em brincadeiras com o vento
Há de acordar do silêncio da noite
Uma casa sem portas e sem janelas

E será eternamente dia.

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