segunda-feira, 12 de agosto de 2019

O bar


Minhas mãos nas tuas mãos.

Os meus dedos nos teus dedos.

Os teus lábios nos meus lábios.

Quando a noite se esconde na mesa de um bar.

Não há cansaço,

Não existe o medo de não ser,

Amado,

Poeta,

Desengraçado.

Minhas mãos nas tuas mãos.

Os teus dedos, débeis e frágeis,

Esquecidos no meu cabelo.

O livro sobre a mesa.

O cigarro arde,

E tu pareces o silêncio Luar,

Na areia fina do mar.

 

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

12/08/2019