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sexta-feira, 2 de maio de 2014

meu amor madrugada


esta prisão que me mata
quando há no teu olhar lacrimejados beijos
grandes em papel
janelas infinitas com sombras de rímel
esta vida de chapa
esta vida que dói e corre calçada abaixo
e sob o teu corpo
a minha mão disfarçada de amanhecer

esta prisão...
este medo de amar e morrer
morrer e amado pelos poemas de escrever
grades
corpo
relógios melancólicos quando tu me abraças
e me dizes...
“Adeus”... meu amor madrugada.


Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 2 de Maio de 2014