Destas mãos com que afago o teu rosto de cereja adormecida
Crescem
as palavras que semeio nos teus lábios
Nestas
mãos com que acaricio o teu cabelo
Brincam
os meus coloridos barcos em papel
E
são estas mãos
Que
todas as noites
Trazem
o luar ao teu sorriso
Também
são estas mãos
Que
transportam o teu corpo
Para
a tela da madrugada
Destas
mãos de equação adormecida
Vivem
os pássaros da minha aldeia…
Nestas
mãos que te incendeiam as tuas mãos
Quando
as minhas mãos dormem no teu peito
E
eu durmo nas tuas mãos
Alijó,
05/11/2022
Francisco
Luís Fontinha