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sábado, 5 de novembro de 2022

Coloridos barcos

 Destas mãos com que afago o teu rosto de cereja adormecida

Crescem as palavras que semeio nos teus lábios

Nestas mãos com que acaricio o teu cabelo

Brincam os meus coloridos barcos em papel

E são estas mãos

 

Que todas as noites

Trazem o luar ao teu sorriso

Também são estas mãos

Que transportam o teu corpo

Para a tela da madrugada

 

Destas mãos de equação adormecida

Vivem os pássaros da minha aldeia…

Nestas mãos que te incendeiam as tuas mãos

Quando as minhas mãos dormem no teu peito

E eu durmo nas tuas mãos

 

 

 

Alijó, 05/11/2022

Francisco Luís Fontinha