Amar
o falso louco
Quando
da noite regressam os comboios da saudade
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as rugas da infância
No
pedaço de terra encharcada de silêncio
Depois
de acordar a madrugada
Amar
o falso louco
Quando
do louco nada sobressai nas tardes de uma cidade abandonada…
Sem
transeuntes para conversar
Sem
transeuntes para brincar
Deito-me
sobre as pedras afiadas do desejo
Invento
crianças nas minhas brincadeiras
Desenho
círculos na areia
Antes
que o mar os apague
E
novos círculos são desenhados por outros falsos loucos
Como
eu…
Como
nós.
Francisco
Luís Fontinha
segunda-feira,
29 de Fevereiro de 2016