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domingo, 3 de março de 2019

A cabana do silêncio


Sei o nome de todas as flores que adormecem nos teus lábios,

Como o vento que silencia o teu rosto pela madrugada,

Sei o nome do jardim da despedida, ao fundo o rio, em lágrimas,

Como eu,

Dançando sobre a ténue manhã de Sábado…

A cabana.

Vazia, recheada de sombras, entre livros e poeira…

Ratos vagueiam na cabana do silêncio,

São os únicos habitantes da escuridão,

Como a chuva, no Verão, as cidades morrem,

Morrem de quê, meu amor?

De saudade.

 

 

Francisco Luís Fontinha

3/03/2019