Mostrar mensagens com a etiqueta Poemas molhados. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Poemas molhados. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Poemas molhados


Este Oceano que me alimenta,
este cansaço que me habita, e se afugenta,
este corpo que desenha um abraço na janela que levita,
estes lábios secos, trémulos... e desorientados,
estes poemas molhados,
que a tua mão aquece,
e merece,
a minha mão sentida, a minha mão sofrida,
este Oceano que me engole,
e come como se eu fosse uma bandeira,
ai, ai este corpo que não dorme,
este corpo esquecido nos cabelos de uma ribeira...


Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 2 de Julho de 2014