Este Oceano que me
alimenta,
este cansaço que me
habita, e se afugenta,
este corpo que
desenha um abraço na janela que levita,
estes lábios secos,
trémulos... e desorientados,
estes poemas
molhados,
que a tua mão
aquece,
e merece,
a minha mão
sentida, a minha mão sofrida,
este Oceano que me
engole,
e come como se eu
fosse uma bandeira,
ai, ai este corpo
que não dorme,
este corpo esquecido
nos cabelos de uma ribeira...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 2 de
Julho de 2014