Os dias estatelados ao sol na ânsia de que
algum sonífero de engano
Desça junto ao rio, mergulhe na palha
cortada durante a noite,
E urine contra uma árvore, e o cigarro
Despede-se de mais um violento uivo de prazer.
Vou começar a fotografar o teu corpo
quando ele está nu e escondido no sono e procura o sémen esquecido, que durante
a noite, sobejou sobre a mesa-de-cabeceira. Devo estar louco. No prateado
silêncio deste complexo emaranhado de sombras e sorrisos,
Depois da meia-noite.
Fomos à varanda, fumamos um cigarro,
olhamos a lua e o céu e falamos com as estrelas, olhamo-nos e sorrimos, como há muito não o fazíamos, depois, tu acreditando em deus, e eu, e eu não
acreditando em deus, concluímos que tudo à nossa volta está perfeito e é belo
Mesmo quando eu e tu desenhamos um orgasmo
na flor das estrelas.
Em que estava a pensar deus quando criou
o orgasmo?
O poema mais lindo e mais belo de toda a
poesia.
E deus sem o saber,
Criou-o,
E anda por aí desde o século passado.
Depois
Deitamo-nos, poisaste a cabeça no meu
peito, e como que um veneno poético se apoderasse do meu corpo,
Adormeci. Parece que tu, ficaste por lá sem dormir…, escondida no meu corpo.
Esta noite não sonhei.
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