sexta-feira, 23 de agosto de 2024

 

uma mão e um seio

me separam do mar. uma lágrima de silêncio se despede da tua púbis, acreditando que logo pela manhã

o poeta, aquele que e apenas ele, consegue perceber a sensibilidade,

de uma lágrima de silêncio

em despedida de uma púbis,

escreva na tua pele o primeiro poema do dia.

 

não saberia o que faço, se não escrevesse aquilo que penso, e mesmo assim,

às vezes, não muitas…

seria melhor

não o escrever.

 

às vezes, seria melhor,

não saber ler, não saber amar, não saber que o mar

é o mar.

e a lua

tem o luar.

 

às vezes, e entre a mão e o teu seio, está o mar

o doce sentido de amar, e mesmo assim

eu pertenço a todo o oceano das tuas coxas.

 

e há quem diga que eu sou tolo.

tolo. porquê, tolo?

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