a tela come-o depois de
pincelar o horizonte com os pedaços sobejantes da noite, o pó
das estrelas, morna o
cansaço do destino,
perfila em sinfonia
o olhar das camélias. e
deste jardim de cornudos
ovem-se os esqueletos
transversos da memória.
sei que estou vivo,
apenas porque escrevo,
e sinto no corpo, o
orvalho matinal.
quero fugir deste inferno
sifilítico de viver
sobre as amoradas sem céu
alcançado, depois
uma mistura de pedra e
madeira
esconde-se dentro do
círculo de luz com olhos verdes.
o medo é uma constante, é
um delírio
antes de regressar a
morte aos meus pés.
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