O elefante
dentro da panela
ferve
em azedume lume
brando
nas
lágrimas fatiadas do silêncio
do
outro lado da rua um peixe apanha sol na
frigideira
e
ambos
são
árvores em delírio.
São
pássaros vaginais
nas
mãos da Primavera
à
noite um pente com trinta e dois dentes
geme
de saudade de quando o teu cabelo voava sobre o loiro trigo
da
manhã.
Hoje
sobre a cabeça
restam-lhe
apenas alguns fios de nylon e uma janela com fotografia para o mar. Sem cor.
Negra.
(orgasmo
literário)
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