sábado, 19 de novembro de 2022

As labaredas do sono

 Junto ao mar

Este cemitério de pássaros

Onde se escondem as palavras da manhã

Incendiada pela tua doce mão,

 

A cidade perde-me

E das ruas sem transeuntes

Oiço as labaredas do sono

Que todas as noites poisam em mim,

 

Há sempre uma janela que me olha

Há sempre um espelho que me desenha nos teus olhos

Mas das nossas bocas

O grito; o doce grito que a saudade ergueu sobre ti.

 

 

 

 

Alijó, 19/11/2022

Francisco

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