Junto ao mar
Este cemitério de
pássaros
Onde se escondem as palavras
da manhã
Incendiada pela tua doce
mão,
A cidade perde-me
E das ruas sem transeuntes
Oiço as labaredas do sono
Que todas as noites
poisam em mim,
Há sempre uma janela que
me olha
Há sempre um espelho que
me desenha nos teus olhos
Mas das nossas bocas
O grito; o doce grito que
a saudade ergueu sobre ti.
Alijó, 19/11/2022
Francisco
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