Habitamos
em corpos cansados,
Enquanto
as flores,
Brincam
e sorriem…
Enquanto
os pássaros,
Dançam
e voam sobre o mar.
Somos
esqueletos desgovernados
Sob
o silêncio da tempestade,
Somos
corpos amontoados…
Somos
saudade:
Habitamos
em corpos cansados,
E
parecemos as árvores
Quando
o vento as tomba sobre a solidão.
Habitamos
neste labirinto de cansaço,
Porque
deixamos fugir a luz
Que
nasce em cada olhar.
E
em cada olhar,
Entre
pedacinhos de mel,
Esconde-se
o desejo
E
revolta-se este rio doirado…
Habitamos
em corpos cansados,
Que
apenas um coração apaixonado
Consegue
desenhar na alvorada…
Porque
somos instantes,
Porque
somos saudade…
Porque
somos fotografias de corpos cansados.
Alijó,
13/09/2022
Francisco
Luís Fontinha
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