Há um pedacinho de mar
Que a minha mãe pincelou
no tecto da minha alcofa,
Depois, desenhou as
estrelas tricolor,
E abraçado às estrelas, o
infinito luar…
Há um mar de saudade
Que transporto nas mãos,
Há um mar de lágrimas
Que correm nas ruas desta
cidade,
Há um mar de ninguém, um
mar apátrida e sem coração
Que só existe no tecto da
minha alcofa,
Um imenso mar onde
habitam palavras…
Palavras e uma velha
canção,
Um mar em chama ardente,
Um mar invisível…
Um mar que não vê,
Mas que tudo sente,
Há um pedacinho de mar,
O meu velho mar…
O mar da minha infância
Que estou sempre a
recordar…
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 27/09/2022
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