Eram
sete lanças de espuma
Sobre
o peito amordaçado,
Eram
sete madrugadas
De
bruma
Na
paixão amanhecer,
Eram
sete canções e coisa nenhuma,
Enquanto
o mar queria adormecer
Sobre
o teu corpo deitado.
Eram
sete enxadas
Rodopiando
os socalcos adormecidos,
Eram
sete sois e sete rios…
E
sete tardes sem dormir,
Eram
sete madrugadas,
Em
sete dias da semana,
Eram
sete lanças de espuma
Sobre
a doce tua cama,
Eram
sete lanças de espuma
Sobre
o peito amordaçado,
Eram
sete poemas em saudade,
Da
saudade do pobre coitado,
Eram
sete Invernos à lareira
Do
corpo esquartejado,
Eram
sete lanças de espuma…
Neste
corpo maltratado.
Alijó,
19/08/2022
Francisco
Luís Fontinha
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