Não sabíamos que da
paixão dos barcos,
Um dia, hoje,
Cresceriam nuvens de saudade
e,
Pedacinhos de neblina,
Fina simplicidade do
cansaço,
Quando na tua face,
ontem, brincavam as lágrimas do silêncio.
Não sabíamos que da
paixão dos barcos,
Um dia, hoje,
O teu cabelo voaria em
direcção ao mar,
Entre rochedos e sombras,
Entre papéis
ensanguentados pela solidão,
Que hoje,
Que hoje são palavras na
minha mão.
Não sabíamos que da
paixão dos barcos,
Hoje,
Crescem nuvens de saudade
e,
Algumas fotografias sem
nome.
Hoje, ontem, amanhã…
O Sábado indefinido
Que adormece em ti,
Em mim, perdedor das
marés,
Cancioneiro da tristeza;
E assim, acredito que as
tuas cinzas
São barcos. A paixão dos
barcos.
Alijó, 24/06/2022
Francisco Luís Fontinha
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