O poema envenenado
Que dorme nesta mão calejada
Pela silenciosa triste
enxada,
O poema cansado,
Cansado do nada,
Nada este poema
envenenado.
Este poema enforcado,
Nas palavras sem
madrugada,
É um poema falhado,
É um poema sem nada.
O poema envenenado,
Que eu escrevo em ti,
É um poema desgraçado,
Este poema enforcado,
Das palavras madrugada,
De tudo, tem nada,
De nada, é um verso
cansado,
Cansaço que nunca senti.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 04/12/2021
Sem comentários:
Enviar um comentário