domingo, 5 de dezembro de 2021

Lágrima de luz

 

Conheci uma lágrima de luz, de cor esverdeada,

Que brincava na minha mão,

Depois, regressava a madrugada,

E a lágrima de luz, partia e parecia um foguetão.

 

Subia no céu como uma flecha cansada,

Subia até desaparecer,

Subia no céu esta lágrima de luz amargurada,

Amargurada de viver.

 

Ela não sabia que existia a palavra amar.

Ela dizia que a lágrima de luz, de cor esverdeada,

Era a espuma do mar;

 

Era um barco desgovernado.

Conheci uma lágrima de luz, de tristeza regressada,

Uma lágrima de luz cansada, cansada do passado.

 

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 05/12/2021

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