Escolho a noite para
desejar o teu silêncio,
Beijar a tua boca de
amêndoa
Nas planícies tempestades
de Inverno.
Escrevo o poema
No teu corpo
Quando a fotografia do
teu sorriso,
Manhã cedo,
Me alimenta ao
pequeno-almoço.
Abraço-te como se fosses
a única flor do meu jardim,
A última palavra que
escrevo na minha lápide…
Sendo assim,
Amar-te é fácil; desejar-te
sabendo que um desenho
Dorme na tua mão.
Desejar-te sabendo que
tens no olhar
A maré de prata dos silêncios
incandescentes
Da madrugada;
e. beijo-te.
Escolho a noite
Para acariciar a tua pele
pergaminho,
A equação resolúvel das
tuas coxas
Num qualquer caderno
quadriculado,
Sabendo
Que nos teus seios
Habitem as papoilas da
minha infância.
Pego nos meus olhos,
Transcrevo em mim
As palavras proibidas do
meu vocabulário;
Assassinos,
Todas os monstros da
noite.
Dos teus lábios
A insónia cigarrilha
Que se funde na minha
mão;
Serei capaz de te amar
como mereces?
Das palavras,
O meu silêncio
Numa noite em desejo.
Amar-te.
Escrever-te.
Sabendo que lá fora o mar
espera por nós.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 17/08/2021
Sem comentários:
Enviar um comentário