Como
seria hoje sem ti, meu amor!
Uma
merda.
Uma
canção,
Uma
flor,
Irrompe
do chão,
De
espingarda na mão.
E
dispara,
Contra
o tédio,
Uma
bala de canhão.
Como
seria hoje sem ti, meu amor!
Uma
revolução,
Um
beijo na mão,
Ou
um livro em combustão.
Como
seria hoje sem ti, meu amor…
Só,
nesta escuridão,
Sentado,
Descalço,
Desnudo,
Cansado,
Olhando
o mar alicerçado,
Aos
ombros do capitão.
A
alvorada,
Sempre
distante da espingarda,
Como
seria hoje?
A
trovoada,
Dançando
na solidão,
Comendo
pipocas,
Junto
ao rio da desilusão…
Como,
diz-me!
Como
seria hoje sem ti, meu amor!
Quando
no interior,
Desta
confusão,
A
mesma flor,
Morre
na minha mão.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
29/10/2019
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