A
saudade assassina a saudade.
O
poeta é assassinado pela saudade,
Quando
escreve.
A
apaixonada do poeta é assassinada pela saudade.
A
amante da apaixonada do poeta é assassinada pela saudade…
Quando
acorda a madrugada,
E
grita-se; viva a Liberdade.
Os
livros são assassinados pela saudade.
A
madrugada é assassinada pela saudade.
Da
saudade, uma criança brinca com a saudade.
A
mulher do poeta é assassinada pela saudade,
E
a saudade assassina o amante do poeta.
As
palavras são assassinadas pelo poeta,
Que
foi assassinado pela saudade…
Morrer-se
de quê?
Pergunta
a saudade ao filho do poeta…
Morrer-se
de saudade.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
17/04/2019
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