Entre
as mulheres, o crucifixo da paixão,
As
sílabas na rebelde tarde poeirenta,
Esperando
o regresso do rio Doirado.
As
palavras milagrosas, nas mãos do peregrino,
As
lágrimas, tenebrosas,
No
rosto do pobre menino…
Escrevo-te
esta canção,
No
papel pardo, que alimenta,
E
respira,
O
meu corpo cansado.
E,
o vento me atira,
Todas
as pedras da montanha,
Ninguém
me apanha na escuridão…
Sofro,
a morte aparece suspensa nas paredes da aldeia,
Tenho
uma ideia,
Um
dia, um dia deitar-me no chão,
E
sonhar-te enquanto caminhas em direcção ao mar.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
18/03/2019
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