caem
sobre ti as estrelas da manhã
o
sonífero desejo dos meus braços
encalhado
no teu olhar
como
a pérola adormecida da paixão
rompendo
a montanha do Adeus…
subindo
lentamente as escadas do mar
até
ao sótão do coração…
a
esfinge aventura do terno menino
sobrevoando
os cadeados de prata
que
aprisionam os barcos de madeira
caem
sobre ti as estrelas da manhã
nas
sofridas avenidas do prazer
que
as cidades imaginadas
comem
ao pequeno-almoço
sem
o saber…
o
mendigo das vestes negras
tropeçando
na tristeza
senta-se
no almoço sem riqueza…
e
reza…
e
chora…
porque
caem sobre ti as estrelas da manhã.
Francisco
Luís Fontinha
domingo,
22 de Maio de 2016
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