terça-feira, 10 de maio de 2016

Chorar nas mãos a amargura de viver


Não tenho fome,

Mas comia todas as palavras

Se a noite me deixasse…

Este terraço sem nome

Que as estrelas absorvem,

E levitam como se fosse um pássaro desnorteado,

Confuso, não, não tenho fome,

Nem me ausento do teu amar.

 

Não tenho fome nem sinto o madrugar,

Tenho sobre os ombros o silêncio deste telhado

Com vista para o mar,

Tenho no olhar o sangue de chorar,

Nas mãos a amargura de viver…

Não, não tenho fome,

Nem vaidade

Ou vontade de escrever.

 

 

Francisco Luís Fontinha

terça-feira, 10 de Maio de 2016

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