Sou
um miserável.
Não
tenho mulher com quem conversar,
Filhos
para brincar…
Apenas
livros, muitos, hoje recordei pela última vez o teu rosto,
Estas
linda, como sempre,
Felicitavas-te
com o miserável que sou eu,
Acredita,
meu amor,
Queria
ser uma abelha,
Livre,
Voar
sobre os canaviais do desejo,
Como
um miserável magoado pelo tempo,
Estou
velho, só, apenas com alguns muitos livros…
Onde
está a saudade?
O
limiar da ausência,
As
finas cortinas do amanhecer voando nos teus lábios.
Sou
um miserável,
Não
tenho mulher com quem conversar,
Apenas
livros, mortos, esqueletos de sangue…
Eu
morreria,
Na
tua mão.
Francisco
Luís Fontinha
domingo,
24 de Abril de 2016
Sem comentários:
Enviar um comentário