quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Da noite e do luar


Flutuo sobre os lábios cinzentos da sombra,

Sinto a ferrugem da saudade a entranhar-se nos meus ossos,

Pareço uma velha peça de aço no interior de uma qualquer sucata…

Esperando o embarque,

Alicerço-me aos braços da solidão

Como se eu fosse uma estátua em granito

Tombada no chão,

Esqueço-me da noite e do luar,

Esqueço-me do dia e da majestosa manhã junto ao mar,

Flutuo…

Invento coisas com pedaços de papel

E sorrisos escondidos na penumbra madrugada,

Invento coisas com pedaços de papel

E Invernos desgostosos que nunca mais acabam…

Como o meu corpo desaparece

Quando abro a janela…

E a saudade desembarca no meu peito.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

quinta-feira, 14 de Janeiro de 2016

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