O
desejado silêncio
Deitado
no obscuro beijo
No
centro do círculo da solidão,
A
cidade ainda dorme,
Provavelmente
acordará sem perceber que o amor está acorrentado aos rochedos da montanha do “adeus”,
Não
importa,
Deixá-lo
estar até que a noite caia
E
se erga a escuridão ao pescoço da morte,
Batem
à porta,
Certamente
não é o carteiro…
Porque
durante a noite não recebo cartas tuas,
Será
o desejado silêncio
Deitado
no obscuro beijo
No
centro do círculo da solidão?
O
cubo junto ao mar,
O
raio da circunferência quase a desfalecer…
E
a maldita cidade
Dorme,
Abstrai-se
do meu corpo
Como
todas as figuras geométricas clandestinas do meu caderno quadriculado,
A
janela encerrada desde a tua partida,
Os
livros em finíssimas fatias de melancolia esperando o teu regresso,
E
os papéis escritos…
No
cesto triangular onde guardo os poemas perdidos,
E
ninguém, e ninguém disponível para assassinar a tristeza
Que
habita esta casa…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
quarta-feira,
23 de Dezembro de 2015
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