Sinto
a espuma do teu olhar
Dentro
das paredes do meu corpo
Eleva-se
e evapora-se
Como
farrapos de poesia poisados nas pálpebras da solidão
Este
corpo que nunca me pertenceu
Foi
alugado ainda eu criança…
Numa
rua sem nome de uma cidade sem idade
Num
País sem destino,
Sinto-a
Como
sinto as tuas mãos de porcelana
No
meu rosto
Às
vezes invisíveis
Outras…
tristes e obscenas
Como
um livro
Que
dorme numa prateleira de cetim
E
que habita num qualquer jardim.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
sexta-feira,
18 de Dezembro de 2015
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