Sou
refém das minhas palavras
Um
prisioneiro sem cela
Um
carcereiro endiabrado dando-me porrada
Pancada
em mim
Esta
vida
De
ser
Assim
Sem
mim
Abstracto
do teu olhar
Sou
refém das minhas palavras
Quando
estes arbustos pela manhã
Me
cumprimentam
Abraçam
E
beijam
Pego
nos livros teus
E
misturo-os com os livros meus
Tudo
palavras
De
que sou refém
E
ninguém
Desta
cela prisioneira…
Sem
ninguém.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Segunda-feira,
2 de Novembro de 2015
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